Dança e moda unidos em um grande rapaz

17 jul | 3 minutos de leitura

Os passos do hip hop juiz-forano não são os mesmos

 

O começo da dança

A vida dele no hip hop começou por acaso. Acompanhando a irmã nas aulas de dança, ele nem imaginava que aqueles gestos iriam se tornar parte principal, ideal e motivacional de sua vida. Com mais ou menos 7 anos, Francisco começou a acompanhar a irmã, Fran, nas aulas de dança que ela tanto gostava. Ele, já achava aquilo um tédio e poderia estar em qualquer lugar, mesmo ali. 

Mas como a vida e o mundo dão voltas, Francisco se rendeu a dança! Junto com sua irmã, trilhou um caminho lindo, embalados pelo som do hip hop. Há 4 anos faz parte do grupo juiz-forano de dança Remiwlque espalha a cultura do hip hop na cidade. 

Ele diz ser envergonhado, mas tenho minhas sérias dúvidas. Na dança, ele disse que se encontrou, que a vergonha vai embora quando ele está se apresentado, quando os passos tomam conta de seu corpo. E sim, podemos ver que isso é verdade. Com o grupo, já passou por Três Rios, Jundiaí e muitos concursos, ganhando muitos.

Hip Hop em Jotaefe

Sobre o hip hop em Juiz de Fora, Francisco diz que a vontade do público em ver as apresentações e o grupo se apresentando cresceu. “Estamos tendo mais espaço para a dança. O público gosta de ver e acompanhar o grupo e os dançarinos, tanto as apresentações como nas redes sociais. Até os locais para apresentações estão olhando mais para nós”, diz Francisco entusiasmado.

Ele diz que alguns grupos de dança que costumam fazer bagunça acabam prejudicando quem realmente quer coisa séria. “Isso está mudando, pois o pessoal está levando os grupos e a dança a sério. Estão percebendo que, grupos como o Remiwl, estão levando as apresentações a sério, pois querem tirar algo da dança, que não somos crianças e jovens, mas estamos levando a dança e o hip hop a sério”, completa Francisco orgulhoso. 

Mas Francisco destaca que, às vezes, os grupos de dança de outros estados ou cidades, como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, tomam o espaço dos grupos locais na própria cidade. “Muitos lugares preferem chamar grupos de outras cidades para apresentações e não valorizam o que Juiz de Fora tem, e tem ótimos e sérios grupos de dança, e precisamos mudar isso“, afirma Francisco.

Moda também tomou o coração

Além do amor pela dança, ele também ama moda. Junto com a irmã, mais um vez, Francisco criou a marca Burtcom peças que eles customizam e também costuram do zero. Gritando que a marca é atitude, é liberdade e sem gêneros, Francisco une a moda com a dança, usando looks estilosos, que chamam atenção quando ele está dançando, e também quando não está. 

Ele ama moda, mas não é só amor. É talento mesmo. Ele desenha, perfeitamente, croquis para idealizar uma roupa. Croqui, para quem não sabe é um rascunho, um esboço, muito usado no mundo da moda. O croqui não precisa ter muita precisão ou refinamento, mas precisam passar a ideia certinha de como a roupa vai ficar depois de pronta.

Foto: Francisco Silva
Foto: Francisco Silva
Para os planos futuros, Francisco quer a moda e a dança. Junto com a irmã, sua grande parceira de vida. Quer Juiz de Fora, quer Rio, quer São Paulo. Quer mostrar para mais pessoas o que ele é capaz, tanto na moda quanto na dança.
Te desejamos sorte, Francisco, porque talento você tem, sem dúvidas.