TAG Especial: Os 60 anos de Michael Jackson – Relembre a carreira do maior astro da música pop

31 ago | 4 minutos de leitura

Michael Jackson: This Is It

Se não fossem pelos malditos propofol (um tipo de anestésico) e benzodiazepina (remédio da classe dos ansiolíticos), Michael Jackson completaria, nesta semana, 60 anos. O Rei do Pop deixou essa vida em 25 de junho de 2009, em sua casa, vítima de intoxicação por essas duas medicações.

Antes de sua fatídica morte, o astro já não aparecia tanto na mídia como nos anos 80, 90 e início de 2000. Parecia já ter cumprido com sua “missão”, a qual ele mesmo relata durante uma entrevista com a apresentadora de TV norte-americana, Oprah Winfrey, em 1993: “Eu acho que fui escolhido como um instrumento para dar música, amor e harmonia ao mundo”.

 

 

A carreira de Michael começou muito cedo, quando ainda tinha 5 anos, em 1964. O garoto apareceu para o mundo no grupo The Jackson 5, junto com seus irmãos, e se destacou por sua voz aguda e extremamente afinada, além de um jeitinho todo peculiar de dançar e interpretar as canções da banda.

 

Nessa época, o Rei do Pop fazia sucesso com os singles:

 

– I’ll be there

 

– I want you back

 

– ABC

 

O grupo esteve na cena até 1984, quando Michael Jackson decidiu seguir com carreira solo.

 

Antes só do que mal acompanhado

Cantar sozinho talvez tenha sido uma libertação para o artista, já que, durante os Jackson 5, Michael e seus irmãos sofriam tratamentos abusivos pelo pai, Joe Jackson, como violências física e moral. Durante a famosa entrevista com a Oprah, ele relatou que “era muito difícil apanhar e subir ao palco” naquela época, referindo-se aos treinamentos rígidos, regados a surra e palavras duras e ofensivas enquanto os irmãos Jackson ensaiavam para os shows.

Assim que ingressou na carreira solo, não demorou muito para Michael Jackson tornar-se um ícone da música pop. Seu primeiro álbum de sucesso, “Off the wall” (1979), vendeu, pelo menos, 30 milhões de cópias no mundo todo, o que resultou no primeiro Grammy do cantor, graças ao single ”Don’t stop ’til you get enough” (a música instrumental da abertura do Vídeo Show foi tirada dessa canção! Rá!)

 

 

A partir daí, outros discos do artista estouraram no mercado fonográfico, com destaque para o “Thriller”, no qual estão os hits (e seus clipes sensacionais!):

 

– “Beat It”

 

– “Billie Jean”

 

– “Thriller” (faixa-título)

 

Black or White?

Nos anos 90, o cantor, que até então era negro, apareceu repentinamente com a pele mais clara e um nariz infinitamente mais fino que o normal. Na época, a mídia especulava que o artista tivesse feito plástica e entrado em uma câmara para clarear a pele, uma vez que Michael supostamente não gostava de ser negro.

No entanto, na mesma entrevista com Oprah, o astro pop revelou ter uma doença (hereditária, segundo o artista) que destroía a pigmentação de sua pele e fazia com que ela ficasse manchada. Michael, portanto, precisava se maquiar para disfarçar as imperfeições. Para completar, o cantor afirmou ter orgulho de ser negro e que jamais renegaria suas raízes.

Foi nessa fase que o dono do famoso “moonwalk” lançou o álbum “Dangerous” e a música cargo-chefe “Black or White”, cujo vídeo conta com a participação do ator Macaulay Culkin:

 

 

Neste disco, também tem a bela “Remember Time”, da qual o videoclipe teve a participação do ator Eddie Murphy e do ex-jogador de basquete Magic Johnson.

 

 

Em solo brasileiro

Michael Jackson esteve entre nós por três vezes durante sua carreira. A primeira foi em 1974, quando realizou apresentações com os The Jackson 5, em algumas capitais como Brasília, São Paulo e Belo Horizonte. Em 1993, o cantor retornou ao Brasil com carreira solo e já coroado como o rei do pop.

Na ocasião, Michael veio com a turnê mundial “Dangerous World Tour”, compostos por dois shows no estádio do Morumbi, em São Paulo. Ingressos esgotados, claro!

A última passagem de Michael pelo Brasil foi em 1996, quando gravou o clipe da canção “They Don’t Care About Us”, na favela Santa Marta, no Rio de Janeiro, e no Pelourinho, em Salvador.

 

 

Eternizado

Após a morte dessa estrela da música, diversos tributos e homenagens foram – e ainda são – realizados para que a figura do maior cantor de pop de todos os tempos não seja esquecida.

São inúmeros shows e atrações de diversos segmentos artísticos apresentados como uma forma de eternizar o Rei do Pop. O Cirque du Soleil, por exemplo, já entrou em cartaz com o espetáculo “Michael Jackson ONE”:

 

 

Além disso, Michael virou tema da exposição “Michael Jackson: On the wall” da National Portrait Gallery de Londres, em cartaz desde junho, que retrata a influência que o cantor teve sobre vários artistas contemporâneos.

Recentemente, o astro também foi lembrado pelo rapper Drake, que usou no single “Don’t matter to me” linhas vocais inéditas de Michael Jackson.

 

 

Pensa que acabou?

Para 2020, está prevista a estreia na Broadway de um musical sobre Michael, que será escrito pela dramaturga Lynn Nottage.

Ainda duvidam de que o astro esteja, realmente, eternizado?

 

[vejatambem]