Tá Bombando: Sabe de nada, inocente! Compadre Washington deixará “É o Tchan”
Por Tamara Alves
Sucesso nos anos 90, o É o Tchan marcou a infância e adolescência de muitas pessoas com hits que até hoje estão na cabeça de quem viveu nessa época. O tempo passou e o grupo virou referência no universo do axé music. Só que essa semana, uma notícia pegou muita gente de surpresa e “destruiu” a infância de uma geração.
Por meio das redes sociais, o É o Tchan oficializou a saída de Compadre Washington. O grupo de axé explicou que não ia divulgar a saída do vocalista nesta semana, mas mudou de ideia após o vazamento da notícia.
Após 23 anos, o baiano permanecerá ligado ao grupo apenas como sócio do escritório artístico. A partir do ano que vem, só Beto Jamaica cantará os sucessos do axé durante as apresentações.
Leia a íntegra do comunicado:
“Compadre Washington se despedirá dos vocais do É o Tchan no Carnaval 2019. A diretoria da banda É o Tchan confirma a saída do cantor Compadre Washington dos vocais da banda, permanecendo apenas como sócio do grupo. A saída do cantor já era algo planejado, mas não seria anunciada neste momento. Em respeito aos fãs, sobretudo por ter vazado a informação de modo não oficial, a diretoria antecipa o comunicado de que o cantor se despede dos vocais da banda após o Carnaval 2019 e que, até lá, ele cumprirá toda a agenda de shows.”
O sucesso de É o Tchan começou na década de 1990 com canções como Segura o Tchan, Dança do Bumbum e Cordinha. Recentemente, Compadre Washington voltou aos holofotes com o seu bordão “Sabe de nada, inocente!”, que se tornou música em 2014 e virou meme nas redes sociais.
Mas para amenizar a tristeza, separamos um pouco da história do grupo mais amor de todos os tempo, e é claro, que não faltarão alguns clipes para matar a saudade.
Ninguém segura e nem amarra o tchan
Formada no Recôncavo Baiano, se destacou nos anos 90 por trazer uma fórmula que reunia samba de roda, letras bem humoradas, três dançarinos e coreografias que se tornaram clássicas na música pop nacional.
O resultado dessa ideia então inédita no axé pode ser medida em números e feitos: são 16 milhões de discos vendidos (três milhões no exterior) e a histórica participação no festival de Montreux (Suiça), em 1997.
A cada disco lançado nos anos 90, a banda apostava em letras sobre países com culturas exóticas aos olhos ocidentais, como Japão, Egito e o estado do Havaí, nos Estados Unidos. Ao lado das letras, o É o Tchan aparecia como figurinos típicos desses locais, mostrando um visual lúdico.
Não é só música
O sucesso do É o Tchan não é restrito às músicas, shows e discos. A banda criou o conceito de dançarino-celebridade. Carla Perez, Sheila Mello, Scheila Carvalho e Jacaré foram tão importantes para o sucesso do grupo quanto os vocalistas. Prova disso, é o sucesso que fazem até hoje, sendo convidados para eventos, entrevistas e ensaios fotográficos. E isso porque eles não fazem mais parte do É o Tchan.
Carla e as Sheilas também foram grandes ícones sexuais dos anos 90 e 2000. Carla posou duas vezes para a Playboy e, em uma delas, causou polêmica por aparecer na capa com o Papai Noel segurando seus seios. As Sheilas também estrelaram capas da mesma revista. Entre as dez edições mais vendidas, as três dançarinas aparecem com seus ensaios ocupando quatro colocações. Prova de que a escolha das beldades foi acertada. Ao todo, as edições que figuram no top 10 garantiram nada menos do que 3,5 milhões de cópias vendidas.
Sabe de nada, inocente!
Outro ponto além da música que garante o sucesso do Tchan após tantos anos é o bom humor e os bordões de Compadre Washington, que viraram meme na internet. A personalidade carismática do músico foi resgatada em uma campanha publicitária que trazia Compadre soltando frases espirituosas. Com essa propaganda, além de embolsar uma grana, Compadre criou um novo bordão: “sabe de nada, inocente”. Será que o Grupo sobreviverá sem o Compadre?
Relembre 10 sucessos do grupo e pode dançar, que nós sabemos, que a coreografia ainda está fresquinha na mente!
