Atleta de Slackline, Guilherme Duarte conta sua trajetória no esporte

23 jul | 3 minutos de leitura

Opção para quem busca equilíbrio e concentração nas alturas

O slackline pode ser considerado pelos leigos apenas como uma brincadeira. Porém, a prática de se equilibrar em uma fita e realizar diversas manobras radicais é mais do que uma diversão. É na verdade um esporte que vem crescendo cada vez mais em Juiz de Fora e no número de competições profissionais. Além disso, o slackline é uma prática esportiva muito completa e trás benefícios físicos e cognitivos.

O juiz-forano Guilherme Duarte é um dos atletas na cidade que pratica o slackline de forma profissional. Ele começou em 2011 e hoje é medalhista em competições por vários municípios brasileiros.

Em entrevista à Ombrelo, Guilherme conta que se interessou pelo esporte através da prima, Natália. Ela costumava reunir os amigos para fazer passeios e um deles foi no Campus da UFJF. Por lá, Guilherme encontrou um grupo andando sobre as fitas, mas não deu muita bola. Na verdade ele queria mesmo era andar de skate. Depois de muita insistência de um outro primo, Guilherme se arriscou subir na fita, mas percebeu que não era tão fácil quanto ele imaginava. O atleta conta que depois de 30 a 40 minutos praticando, pegou o jeito e atravessou a fita de aproximadamente 10 metros. A galera que treinava no local curtiu e convidou Guilherme para participar das aulas, e ele continua praticando até hoje.

 

Superando as dificuldades

O grau de dificuldade no slackline varia de pessoa para pessoa. Muitas das vezes quem sobe uma vez na fita e vê que não tem boa coordenação logo desiste, mas Guilherme reforça que tudo é questão de costume, resistência e prática. “Quando a pessoa acompanha o balanço da fita, ela para de tremer e consegue se equilibrar e se manter de pé. Precisa ter dedicação e muita prática para conseguir o equilíbrio perfeito e realizar as manobras”, explica Guilherme.

 

Uma carreira de sucesso e muitas vitórias

Atualmente, Guilherme Duarte dá aulas de slackline e participa de várias competições. A primeira foi em 2012 no festival do grupo Orangotango, em Juiz de Fora. Ele conta, de forma descontraída, que saiu logo de primeira, mas isso não o fez desistir. Hoje ele soma uma carreira de medalhas e troféus, além de viajar por várias cidades em busca de competições, como Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. “O que me motiva não é a premiação e sim a galera do slack. Somos todos uma família, um pessoal do bem que se ajuda, e isso é muito legal”, fala Guilherme.

 

Falta de investimento no esporte

Guilherme explica que o slackline cresceu bastante em Juiz de Fora, mas infelizmente ainda falta investimento. O professor queria um espaço para ensinar, mas por enquanto os treinos são feitos no próprio quintal de casa. “Gosto muito do esporte e fico motivado quando vejo o pessoal entusiasmado e querendo crescer e aprender sobre o slackline. Isso me motiva a treinar cada vez mais. Em Juiz de Fora tem a UFJF, mas a cidade merecia um centro de treinamento”.

 

 

Manobras nas alturas

O slackline tem várias modalidades. O Trickline é o mais popular e desafiam os limites do corpo com saltos e giros de nível avançado. O Longline é a modalidade em que os atletas derrubam os limites do equilíbrio, realizando travessias cada vez mais longas, além de exigir treinamentos gradativos, com atenção redobrada à respiração e à concentração. O Highline é mais radical, pois as travessias são feitas nas alturas. Para entrar nessa categoria, os percursos devem ser realizados, pelo menos, acima de 10 metros. Tem que ter coragem, não é?! Já o Waterline nada mais é do que a prática do slackline sobre a água. Uma modalidade super divertida e refrescante que pode ser feita em rios, lagos e piscinas, tornando o desafio uma aventura de verdade.

 

Cuidados e precauções

Para quem pretende aprender o esporte, Guilherme Duarte explica que é muito importante usar equipamentos de segurança. Eles ajudam a proteger, além de servir como precaução. Já aconteceu casos de pessoas que se machucaram muito sério pela falta de equipamento, então o esporte deve ser feito com toda a segurança possível.

 

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